terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um Ponto de Partida

Foi o primeiro trabalho que assinei como autor, era uma peça que falava dos conflitos de um jovem, que só se resolvia pessoalmente quando ele decidia deixar a confusa mulher que ele amava, dividida entre o amor e a ideologia política, para ficar com uma amiga que vira prostituta, querendo se redimir através dela, como acontece no seu romance prefirido, O Fio da Navalha, e ainda, como no romance, ela morre numa curra durante o carnaval, nas ruas de Olinda. É quando ele decide ir para a Europa, dentro do avião encontra a mulher que amava, fujindo disfarçada. Ufa! Ainda bem que conseguir resumir em poucas linhas, o texto era recheados de poemas meus, de Genésio Linhares e Gorete Linhares. No elenco, as irmãs Ana Paula e Ana Lúcia, Gorete Linhares, Genésio, eu, Sonia Borges, Edison Pereira e outros amigos que lembrarei sempre, início dos anos oitenta, foi apresentada no Sta. Isabel.
Saudades.
Jorge de Souza.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A Memória do Tempo

" Dia de Luto" Foto: Fábio Melo
Meus maiores companheiros de teatro estão no decorrer dos anos como belos sobreviventes, muitos não vejo mais e se perdeu com o tempo, como Arlindo Matias, Sonia Borges, Ana Maria, Vera Lucia, Marlene Ferr, Ricardo Mendonça. muitos... Outros, estão comigo desde sempre, alguns ainda artistas, outros nem tanto, mas são amigos, pessoas que ainda estão ao meu alcance, e isso me faz feliz, entre elas estão Alexandre Troccoli, criador deste blog, Edmilson Costa e nossa musa, Jaciara Bomfim, claro que tem muito mais gente, inclusive alguns que vieram depois, mas, espero, em breve, ter depoimentos e a participação desses três queridos aqui, ao meu lado, contando fatos que formam a nossa história.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Viver a Cena não é de hoje

Inicialmente Texpam (Teatro Experimental Amador), há um bom tempo atrás, decada de oitenta, com um bando de jovens ansiando conhecer e fazer teatro, produziu, ao menos, duas montagens históricas, foram elas Gigi Espoleta, A Louca, Incrivel e Maravilhosa Mulher Que Andou Nua Pelas Ruas e Édipo Rei, a primeira trazia a cena Rita de Cassia Rodrigues Vianna e Edilson Pereira (teve também Arlindo Matias, só em duas apresentações.) e teve uma remontagem com Jõ Santana e Alexandre Troccoli, e uma participação minha, um bom tempo depois da primeira. O mérito dessas montagens, principalmente a primeira é de carregar a fama de ter feito o primeiro nu total, feminino. Pura lenda, este mérito merece a Maria Helena, na peça O Milagre na Cela. Ou a Julinha Lemos em Eqqus? A memória falha aqui. Só sei que a minha Gigi nunca se despiu totalmente, só as costas para a plateia e os seios para a delícia de quem estava nas coxias. Quanto a Édipo, seu grande mérito, na primeira vez que assinei a montagem, foi o figurino, o cenário e a ousadia de colocar Tirésias discutindo Freud,era muito bom, os críticos piravam, um escreveu uma nota imensa no Diario de Pernambuco, perguntando o que uma coisa tinha a ver com outra. Me diverti muito, infelizmente agora os tempos não exigem o bom teatro cerebral, só rara vez, o ator só sobrevive em espetáculos infantis, raramente alguns bons e peças de humor chulo e escrachado. Há alguns relâmpagos, como O Amante Pintor e Os Fuzis da Senhora Carrar, ainda bem. Jorge de Souza.