quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Viver a Cena não é de hoje
Inicialmente Texpam (Teatro Experimental Amador), há um bom tempo atrás, decada de oitenta, com um bando de jovens ansiando conhecer e fazer teatro, produziu, ao menos, duas montagens históricas, foram elas Gigi Espoleta, A Louca, Incrivel e Maravilhosa Mulher Que Andou Nua Pelas Ruas e Édipo Rei, a primeira trazia a cena Rita de Cassia Rodrigues Vianna e Edilson Pereira (teve também Arlindo Matias, só em duas apresentações.) e teve uma remontagem com Jõ Santana e Alexandre Troccoli, e uma participação minha, um bom tempo depois da primeira. O mérito dessas montagens, principalmente a primeira é de carregar a fama de ter feito o primeiro nu total, feminino. Pura lenda, este mérito merece a Maria Helena, na peça O Milagre na Cela. Ou a Julinha Lemos em Eqqus? A memória falha aqui. Só sei que a minha Gigi nunca se despiu totalmente, só as costas para a plateia e os seios para a delícia de quem estava nas coxias. Quanto a Édipo, seu grande mérito, na primeira vez que assinei a montagem, foi o figurino, o cenário e a ousadia de colocar Tirésias discutindo Freud,era muito bom, os críticos piravam, um escreveu uma nota imensa no Diario de Pernambuco, perguntando o que uma coisa tinha a ver com outra. Me diverti muito, infelizmente agora os tempos não exigem o bom teatro cerebral, só rara vez, o ator só sobrevive em espetáculos infantis, raramente alguns bons e peças de humor chulo e escrachado. Há alguns relâmpagos, como O Amante Pintor e Os Fuzis da Senhora Carrar, ainda bem. Jorge de Souza.
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